13 de Outubro de 2011

António Barreto não tem medo de dizer as verdades por mais inconvenientes que elas sejam. Dá uma brilhante entrevista em que desmistifica alguns mitos sobre a Saúde em Portugal.

 

Alguns destaques meus:

 

Estabeleceu-se o princípio de que quando alguém fala nos custos está a ser economicista. Detesto esta frase, porque não olhar para os custos significa obrigar o povo a pagar.

 

A ideia de que a partir de agora os pobres vão morrer e os ricos vão sobreviver faz parte da demagogia política e é detestável. 

 

Mas vamos ter de escolher a quem é que esses serviços são prestados de forma gratuita e a quem é que são prestados com taxas moderadoras, comparticipação de custos ou de preços.

 

Por exemplo, um bloco cirúrgico deve trabalhar 14 horas por dia e a maioria em Portugal trabalha cinco ou seis porque os médicos estão em duplas funções. Há promiscuidade, não há controlo suficiente sobre o trabalho e há pouca dedicação exclusiva nos hospitais públicos.

Porque é que damos de barato que para se fazerem transplantes tem de se pagar mais aos médicos? Porque é que os médicos não estão disponíveis para só receberem metade em incentivos?

Pergunta: E acha que aceitam?

Se não aceitarem, então porque se critica o ministro em vez de se criticarem os médicos? A opinião pública foi muito condicionada pelo interesse dos médicos.

Um médico que só receita medicamentos para se ver livre do doente está a falhar. É a mesma coisa com os falsos atestados médicos. Há milhares passados todos os dias e não há processos. Perdem-se milhões de dias de trabalho.



 

 

publicado por Luís Caldas às 02:32

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