31 de Dezembro de 2007
O Melhor - A Presidência da União Europeia.
Foi sem dúvida o ponto alto do Governo Português no Ano que findou. A sua acção junto de áreas de visibilidade e ligação externa ficaram perenes durante alguns tempos. A assinatura do Tratado Reformador, a abertura do Espaço Schengen aos países de Leste e as cimeiras com a África e com o Brasil abriram portas para um crescimento europeu e imposição no panorama Mundial.

O Pior - O Desemprego
Procurei e reflecti sobre qual seria o pior do Governo Português. Decidi-me pelo desemprego visto também me afectar a mim. É claro que neste aspecto o Governo não tem conseguído atrair investimento. A crise que tanto se apregoa à anos reflecte-se na confiança dos investidores e como tal a criação de emprego esbarra nestes entraves. Se juntarmos a isto, o anúncio do estagnar da contratação de profissionais de Saúde no sector público para o próximo ano, verificamos que não será possível garantir e continuar as reformas que se querem fazer na saúde sem que as dotações seguras de profissionais se cumpram. Tenho medo de ir parar a um hospital, onde os profissionais estão sobrecarregados de turnos e como tal as suas condições para o exercício correcto da sua profissão não se verificar.
publicado por Luís Caldas às 15:42

O Mal Maior apresenta um bom vídeo sobre alguns que partiram neste ano de 2007, fica aqui o link para essa produção do Vítor Pimenta e também a homenagem deste blog a essas personalidades e anónimos que partiram no ano de 2007. Junto também aqui a homenagem ao Sr. António Peixoto dos Santos que durante anos construiu um bom projecto na Junta da Cividade.
publicado por Luís Caldas às 15:37

29 de Dezembro de 2007
"E o certo é que nunca é mal empregado o dinheiro com que se retribua o esforço, a dedicação e o sacrifício que a profissão de Enfermeiro exige."
in Revista dos Hospitais Portugueses, 1948, página 43
publicado por Luís Caldas às 12:00

28 de Dezembro de 2007
Ontem referia-me ao problema dos encerramentos por todo o país de cuidados de saúde. Hoje venho saudar a postura da C.M. da Loourinhã que aprovou um pedido ao Ministério da Saúde para compensar o encerramento do SAP da Lourinhã.

Por unanimidade a CMLourinhã pediu uma ambulância de Emergência para os bombeiros e a instalação de complementos a saúde que complementem o fecho do SAP, nomeadamente o atendimento da população nos Cuidados de Saúde Primários.

Em vez de protestos vagos, as populações deveriam reclamar a instalação e regulamentação de cuidados de saúde primários que garantam que o encerramento dos SAP não lhes seja prejudicial.
publicado por Luís Caldas às 13:19

27 de Dezembro de 2007
Após alguns dias de ausência devido à quadra natalícia que impossibilitou a minha escrita, estou de volta.

Acredito que poderá ser muito polémico este post, até porque será feito enquanto profissional de saúde e também enquanto cidadão.

Defendo para Portugal, que quer norte quer sul, quer interior quer litoral tenham igualdade de oportunidades. Acrescento que deve haver um forte investimento para que se combata o forte abandono do interior do país.

Acredito também que os cuidados de saúde devem chegar a todos os cidadãos do país. Porém, espero sempre que estes cuidados sejam sempre de qualidade inegável e que nunca ponham em risco a saúde daquele a quem eles recorrem.

Enquanto profissional de saúde, defendo que a qualidade também se define não só pela tecnologia presente, mas também pela formação dos profissionais que prestam cuidados. Em casa de cirurgias, processos técnicos invasivos de grande precisão e mesmo partos é necessário que os profissionais estejam treinados e saibam reagir em situações de risco.

Como tal, acho imperativo que para que uma maternidade funcione correctamente esta tenha formação continua e experiência de campo que apenas é garantida com a prática. Logo, acho que os valores definidos pela OMS devem ser respeitados.

Sou completamente contra o encerramento de serviços de saúde por questões meramente economicistas. Contudo, acho que no caso da Maternidade de Chaves está em causa a qualidade dos partos e dos nascimentos.

Há cerca de 30 anos atrás uma Ministra da Saúde encerrou várias maternidades por todo o país. Aliás, mais de 200. O resultado está a vista, a mortalidade infantil diminuiu de 20 por mil habitantes para menos de 8 por mil habitantes.

Com a rede viária que neste momento existe, com a criação das SIV, penso estarem criadas as condições necessárias para que a inexistência da maternidade de Chaves irá contribuir para que menos crianças nasçam em condições precárias e de risco, passando a nascer em Vila Real, cuja maternidade realiza os partos necessários para que tenha qualidade e que os seus profissionais estejam treinados e prontos para reagir a situações de crise.

Quem duvidar disto, que questione com factos, que apresente factores que não o mero populismo. Se calhar estes senhores que se preocupem em que o Governo instale sim cuidados primários de saúde próximos de toda a população para que quando necessário se encaminhe para cuidados de saúde diferenciados de qualidade.
publicado por Luís Caldas às 14:23

22 de Dezembro de 2007
"A gratidão é a memória do coração."

Antístenes
publicado por Luís Caldas às 14:08

20 de Dezembro de 2007
Há uns tempos atrás ninguém me veria dizer as coisas que aqui vou dizer hoje, mas tendo em conta a avaliação que tenho feito dos últimos anos da situação laboral permiti-me fazer esta análise ao Ensino em Portugal. Não vou falar em sucesso ou insucesso escolar. Não vou falar se os professores são ou não capazes. Não vou falar se deve-se obrigar a andar na escola ou não.

Vamos falar da adequação do Ensino ao mercado de trabalho.

Começo por falar do Ensino Superior. O Ensino Superior nas suas duas vertentes está a muito tempo esgotado. São vários os cursos que se encontram desajustados da realidade das necessidades do país. Exemplo disso, são os numerosos cursos que apenas têm como saída profissional o ensino e que há alguns anos que os seus profissionais se encontram em situações de desemprego.

Deixo aqui a primeira questão: Valerá a pena continuar a investir na qualificação para apenas se dizer que se detém um curso superior que para nada serve à posteriori?

O Ensino Secundário está viciado e é competitivo, os alunos que lá se encontram, muito dificilmente se preocupam em aprender. Estão mais a ser preparados para um exame final que lhes vai, socialmente definir como sendo detentores de sucesso estudantil ou vitimas de fracasso, isto é, vivem durante 3 anos para preparar a entrada no ensino superior. A que custo? Na minha opinião, o preço que se paga por esta luta sobrehumana que existe é de tal forma prejudicial ao ensino que faz com que muito pouco aprendam os estudantes do ensino secundário e que lhes retira totalmente conhecimentos de cidadania, democracia, iniciativa e liberdade de escolha.

Segunda questão: Não será o ensino secundário apenas um local de passagem que pouco contribui para a formação da pessoa, caso não opte por entrar no ensino superior ou o curso que enveredou não seja de uma componente técnica.

Por último, vou falar do Ensino Técnico, parece-me ser uma boa aposta para aquelas pessoas que se encontram no final do ensino básico ou ensino secundário. Este ensino parece-me ir de encontro a algumas das necessidades do país. Contudo não se pense que é perfeito. Abundam também neste, cursos que estão desajustados e que se fazem com base em fundos sociais europeus, agora chamado de QREN.

Última questão: Que aposta deve Portugal ter em termos de ensino para que se forme adequadamente?

A esta vou responder com a minha opinião. Portugal, precisa urgentemente de pensar as suas estruturas de ensino. É importante apostar numa formação em várias vertentes e que permita a qualificação técnica e cientifica dos portugueses. É importante reformular os vários cursos, que não têm saída profissional, não acabando com eles, mas diminuindo o seu acesso para que aqueles que optem por essa vertente possam ser substitutos naturais dos processos de envelhecimento e reforma da população. É importante apostar na qualificação técnica e na qualificação dos quadros das pessoas que já se encontram no mercado de trabalho. Não apenas com a atribuição de títulos académicos ou graus de escolaridade, mas com formação apoiada e concertada com as empresas para que se adeque as necessidades destas. Por último, é fundamental criar na população um espírito positivista de consciência cívica e de intervenção para que os portugueses consigam deixar de pensar em si como sendo os coitadinhos, mas que invistam para a formação do seu próprio emprego e que criem nichos económicos que sejam pequenas empresas e que possam também elas ser motores da mudança em Portugal. Urge que os nossos empresários tenham conhecimentos não só na sua área de investimento, mas em várias e com um bom suporte formativo em gestão e economia. Só assim, poderemos aproveitar o QREN para que seja a verdadeira rampa de lançamento para que Portugal aproveitando os fundos europeus cresça e se coloque na vanguarda da Europa e deixe finalmente a retaguarda.
publicado por Luís Caldas às 14:17

19 de Dezembro de 2007
É envolta em grande polémica que se conhecem os resultados das Eleições para os Órgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros.

Passado que estão 6 dias da realização do acto eleitoral que permitiu a eleição do Bastonário, Conselho Directivo e demais órgãos da Ordem dos Enfermeiros, ainda não existem resultados finais e oficiais. Não posso deixar de constatar que é com grande pesar que vejo que a Ordem que me representa não consegue organizar um acto eleitoral que seja digno de um país civilizado. Nem nos países ditos terceiro-mundistas se consegue demorar tanto tempo para apurar os votos de 54000 eleitores. Este atestado de incompetência que a Comissão Eleitoral está a passar a ela própria, mostra que é necessário rever e repensar os processos democráticos que existem na Ordem dos Enfermeiros.

Resultados não oficiais, mas de fontes bem colocadas indicam que a Bastonária Maria Augusta de Sousa foi reconduzida para o próximo triénio 2008-2011, bem como o Conselho Directivo que a apoiava. Aliás, a Lista D (do Projecto Consigo pela Enfermagem da Bastonária) venceu em todos os órgãos a que se apresentou, excepção feita à Secção Regional Norte onde a actual Presidente do Conselho Directivo da SRN perdeu as eleições para a equipa do Enfermeiro Germano Couto (Lista A).

Contudo, os Enfermeiros José Azevedo e Carlos Folgado, os dois candidatos perdedores das eleições para Bastonário, vão impugnar o acto eleitoral. Em declarações prestadas ao Jornal Público ambos afirmam que existiram várias irregularidades e que como tal, o processo esteve minado desde a sua primeira fase.

A vitória da lista D significa que haverá continuidade nas políticas e que a implementação do Modelo de Desenvolvimento Profissional será uma realidade. Espera-se que a Ordem assuma então um papel de maior intervenção e maior conciliação com todos os enfermeiros. Se assuma verdadeiramente com a Ordem de todos os enfermeiros, os escute e que assuma posições políticas fortes e actue de uma forma pró-activa e não reactiva.

Espera-se da Ordem acção e antecipação dos problemas, que os resolve no âmbito das suas competências e que faça chegar junto dos órgãos de governo as suas preocupações, que são aliás as preocupações de todos os enfermeiros.

Independentemente dos resultados serem ou não do agrado de todos, é hora, de os enfermeiros se unirem em torno da sua Ordem e desafiar, construir e operacionalizar os Cuidados de Saúde, para que sejam assim um garante de qualidade e a pedra basilar de toda a saúde em Portugal.
publicado por Luís Caldas às 14:16

17 de Dezembro de 2007
Nas noticias da semana passada veiculavam informações de que existiam para ocupar em Braga cerca de quinze mil habitações. Ou seja, são cerca de Quinze Mil casas (não contam aquelas que estão ainda a ser acabadas) para ocupar num Concelho que tem cerca de 160 Mil habitantes.

Isto, na minha opinião, só pode reflectir os erros sucessivos de anos e anos de governação camarária sem uma política estruturada de habitação. Os prédios surgem como cogumelos, em locais mais estranhos e descurando outros aspectos que são fundamentais para os Bracarenses.

As estruturas políticas não podem esquecer que garantir habitação acessível economicamente a todos, não chega. Não se pode garantir que essas habitações sejam sujeitas ao poder imobiliário e da construção civil sem que se tenham em conta aspectos ambientais, educacionais e culturais.

Braga, cresceu em prédios, sem dúvida é um bom dormitório, mas uma cidade da dimensão de Braga, não pode almejar apenas ser um dormitório, tem de apostar em todas as vertentes que façam jus ao slogan que há alguns anos a JS lançou que dizia:
"É bom viver em Braga"
Discordo disto, neste momento posso dizer: É bom dormir em Braga!
publicado por Luís Caldas às 19:51

O Blog da Candidatura do Enfermeiro Azevedo acaba de informar que irá impugnar o acto eleitoral por ter detectado infracções gravíssimas no decurso deste. Afirma ainda que independentemente dos resultados eleitorais a serem divulgados esta impugnação avançará.

O que significa que quer seja ele, ou outros dos dois candidatos o escolhido para bastonário, pedirá a impugnação do acto pedindo um novo acto eleitoral.

Aguardo ecos dos resultados e também afirmações sobre que irregularidades foram detectadas pela Lista C para as divulgar.

Nota: Às 21horas ainda não se encontra disponível, no site da Ordem dos Enfermeiros, os resultados do acto eleitoral. Apesar de continuar a divulgar-se que estes seriam publicados durante o dia 17.

Nota Final: Maria Augusta Sousa foi eleita Bastonária. A Lista D venceu em todos os locais menos na Secção Regional Norte, onde a Lista A liderada pelo Enfermeiro Germano venceu. Ainda não detenho os resultados oficiais que quando tiver irei divulgar. Na próxima quarta-feira irei fazer uma análise do que se espera para o próximo mandato da Ordem dos Enfermeiros. A todos os vencedores sem excepção, espera-se trabalho e competência.
publicado por Luís Caldas às 17:11

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