26 de Novembro de 2007
Li atentamente as duas Candidaturas para a Secção Regional Norte. A actual Presidente do Conselho Directivo da Zona Norte, a Enfermeira Margarida Filipe apresentou a sua recandidatura e encabeça a lista D. O Enfermeiro Germano Couto lidera uma lista (Lista A) que se candidata à Secção Regional Norte, uma lista que se demarca do panorama nacional e que apenas visa a zona norte.

Estive para dividir o post nos vários aspectos para não se tornar extensivo. Mas avaliarei a possibilidade de dividir nas posteriores avaliações das várias candidaturas. Como pensamento individual não direi qual das duas candidaturas gostei mais, por uma questão de isenção deste post.

Passamos então a análise dos dois programas de candidatura.


Motivação para a Candidatura:
A Enfermeira Margarida apresenta como motivação para a sua candidatura a experiência obtida no mandato anterior baseada na construção e consolidação da Ordem dos Enfermeiros. Assim, como a necessidade de garantir Melhor Enfermagem, Melhor Saúde. Assentam ainda a necessidade de uma envolvencia nacional em torno do Modelo de Desenvolvimento Profissional.

O Enfermeiro Germano aponta a necessidade da Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros ter uma maior afirmação institucional, política e social. Aponta ainda a falta de motivação para a participação, visibilidade, informação e debate dos enfermeiros e justifica isso na ausência de força na Ordem dos Enfermeiros, principalmente em políticas de saúde local e regional. Esta lista quer Trazer a Essência da Profissão à Ordem.



Objectivos de Candidatura
A Lista A tem como objectivos principais a regulação do exercício profissional, o controlo da qualidade dos cuidados de enfermagem, o controlo da qualidade na formação profissional, acompanhamento do desenvolvimento e autonomia da profissão, Mandato Social e as relações institucionais nacionais e internacionais.

A Lista D apresenta como objectivos o fortalecer a intervenção qualificada da SRN, nas várias componentes da política de saúde e dos sistemas de saúde regionais e nacionais, a intervenção qualificada nas políticas de formação a nível regional, reforçar a visibilidade externa e melhor a qualidade organizacional da SRN. Pretende dar continuidade e apostar na inovação.


Políticas de Formação
No que concerne a política de formação, a lista D propõe um acompanhamento dos princípios da Declaração de Bolonha, uma reflexão conjunta sobre a qualidade de ensino perante as actuais exigências no âmbito da saúde e do trabalho. Pretende ainda reforçar a relação com as Instituições de Ensino de Enfermagem da região, colaborar com o Centro de Estudos e Investigação (CEI). Defende ainda, a promoção da reflexão, junto das instituições de formação do Ensino Superior, com vista a decisão da integração da Enfermagem no Sub-sistema Universitário.

Por seu lado, a lista A apresenta-se disposta a garantir uma formação de nível Universitário, intervindo nas decisões políticas sobre o ensino de Enfermagem, fomentando o ensino e a prática de investigação em Enfermagem, com incentivos pessoais e profissionais, estimulando a formação com base nas competências definidas e fomentar a aproximação entre os planos curriculares e a realidade dos cuidados de Enfermagem, visando a agregação do ensino de Enfermagem à Universidade.


Exercício Profissional
A lista A, neste ponto, aponta no seu plano de acção que este deve assentar na valorização do contexto humano e profissional e na qualificação profissional. Deste modo, pretendem promover a: formação em serviço visando o desenvolvimento de competências específicas; identificação de competências do enfermeiro especialista, a capacitação dos enfermeiros para uma gestão eficiente para a gestão de serviços de enfermagem. Pretende também habilitar o enfermeiro para o empreendedorismo, estimular os serviços a definirem padrões específicos de qualidade de desempenho isentos de visão economicista e empresarial. Recompensar o mérito e brio profissional com incentivos para a continua formação e desenvolvimento de competências dos enfermeiros.
Pretendem assim promover a vida associativa do enfermeiro com iniciativas científicas, formativas e sociais, estimular a formação que tenha impacto profissional, criar a figura do interlocutor local para aproximar o enfermeiro à sua Secção regional, construir uma identidade profissional reconhecida e valorizada, promovendo a união e entendimento entre os membros e por último criando um departamento de acreditação de Formação Contínua com o objectivo de reconhecimento e valorização técnico-científica.
Por último pretendem acompanharam o desenvolvimento do exercício profissional dentro dos padrões de qualidade, propor metodologias de aferição da qualidade dos cuidados, estimular a autonomia da profissão pela qualidade dos cuidados, incentivar a competitividade profissional garantindo a manutenção dos princípios éticos e deontológicos, divulgar a implementação dos sistemas de informação em Enfermagem. Recomendar e exigir a dotação adequada de enfermeiros ao nível regional tendo em conta as necessidade locais.

A
Lista D por seu lado, propõe-se: a participar na implementação do modelo de desenvolvimento profissional, nomeadamente na definição de recursos e processos de suporte necessários ao planeamento, implementação, monitorização e avaliação; promover a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de Enfermagem incentivando a investigação com a divulgação do Prémio Maria Aurora Bessa; desenvolvendo recursos relacionados com investigação, conhecimento e informação; criar o Centro de Estudos e Investigação; auxiliar a implementação dos Sistemas de Informação em Enfermagem; proporcionar formação nas áreas relevantes para o exercício através da divulgação de experiências, conhecimentos em vários eventos; promoção das visitas institucionais para acompanhamento do exercício profissional; elaboração de orientações para a prática de cuidados, para aprofundar e adaptar o REPE e Código Deontológico.
Pretendem ainda criar grupos de trabalho com vista à definição de domínios de competências específicas, avaliar a qualidade dos cuidados de enfermagem através do uso de Indicadores do Resumo Mínimo de Dados de Enfermagem, divulgar os resultados da avaliação da qualidade CE no que respeita à área de intervenção da SRNorte. Por último pretendem intervir junto das instituições de prestação de cuidados, no sentido de, garantir dotações seguras em cuidados de enfermagem.


Políticas de Saúde
A Lista D propõe a participar em programas nacionais e regionais decorrentes do PNS através do desenvolvimento de actividades, do incentivo e apoio à participação em projectos, da avaliação do PNS, participação pró-activa no redesenho das respostas às necessidades de saúde. Colaborar na criação do Gabinete de Análise e Planeamento para obter relatórios de análise. Monitorizar e auxiliar a Rede Nacional de Cuidados Continuados.

A
Lista A em relação a este aspecto não apresenta qualquer planeamento no seu plano de acção nem noutros aspectos similares. Assim sendo, contactei por email a lista para que pudessem explicar as suas ideias em relação a este aspecto. A própria candidatura contactou-me e explicou que pretende esperar pelo momento oportuno para tomar as rédeas e avaliar os estragos feitos para, depois, então, definir medidas sociopolitícas exequíveis, concretas e validadas para a realidade da Enfermagem portuguesa.


Mandato Social da Profissão
Neste último aspecto avaliado a lista do Enf. Germano quer cumprir o mandato social da profissão. Através da representação digna da Ordem e da SRN, sugestão da criação de uma Tabela de Preços de Cuidados de Enfermagem, evitando a exploração salarial e humana, criação de um departamento de produção e divulgação de material de informação e educação para a Saúde, intervenção com as forças vivas da sociedade promovendo a divulgação da promoção para a saúde e aproximando a SRN das populações, tornando a Ordem mais intervencionista ao nível dos órgãos de soberania regionais. Quer ainda, propor a existência de um Fundo Social, com base na quota mensal, para criar um "Espaço do Enfermeiro" nas instalações da SRN aproximando-as dos enfermeiros e submeter-se a avaliação contínua de desempenho do seu trabalho através da realização de inquéritos. Por último, quer criar um Bolsa de Emprego facilitadora da inserção profissional no mundo laboral na SRN.

A Lista da Enf. Margarida pretende contribuir para a visibilidade externa e consolidação no tecido social através da facilitação de acesso à informação do conhecimento relacionado com a enfermagem aos cidadãos. Intervindo na comunidade através da discussão dos cuidados de enfermagem. Acompanhando os processos legislativos e salvaguardando os direitos dos cidadãos no que diz respeito a cuidados de enfermagem de qualidade. Pretende também promover a qualidade organizacional da OE através da desenvolvimento de sistemas de informação e comunicação de apoio aos membros, promover a discussão na internet, criar um suporte de aconselhamento jurídico aos membros, dinamizar actividade de natureza lúdico-cultural, disponibilizar instalações aos membros, para a realização de eventos científicos/culturais de enfermagem e por último pretende criar estruturas de apoio e informação ao empreendodedorismo em Enfermagem.

publicado por Luís Caldas às 21:17

A América Latina pode dormir descansada porque afinal de contas Fidel não está a bater a bota. O apagamento do líder histórico cubano apenas fez surgir outro "democrata" do povo, o seu nome é Chavez.

Veremos se ao fim de 50 anos no poder os comunistas também vão dizer que ele é democrata e não há é oposição credível para o tirar de lá.
publicado por Luís Caldas às 17:59

25 de Novembro de 2007
Sobre esta temática existe imensa coisa que pode e deve ser referida, todavia apenas me vou reduzir a um pequeno conjunto de factores e situações decorrentes em Portugal.

Em Portugal com a excepção do Futebol, Basquetebol, Voleibol, Ciclismo e Andebol Masculinos todas as outras modalidades são amadoras. Existem, contudo, algumas equipas semi-profissionais e desportos semi-profissionais.

Nada tenho contra o desporto amador, aliás acho que é das formas mais belas de competição saudável e face a dificuldade de financiar algumas modalidades com pouco público e, como tal, pouco atractivas economicamente a investidores, penso ser a forma viável de existir e se fomentar o desporto.

A prática saudável de desporto proporciona, aos seus participantes, estratégias e uma actividade física que conduz a melhorias da condição de saúde da pessoa. Aliado a isto, o desporto enquanto prática colectiva fomenta o espírito de grupo, a união e participação harmoniosa em sociedade.

Parece-me que o desporto, enquanto prática amadora e complementar ao dia-a-dia deve ser estimulado e as colectividades devem conseguir apoiar este tipo de actividades de modo a poderem chamar a si, prestigio e contribuírem também elas enquanto agentes promotores de estilos de vida saudáveis.

Porém, também o desporto amador deve ter regras, e estas regras devem sobretudo garantir que equipas com um maior potencial económico não se sobreponham aquelas que não detêm capacidade para economicamente tornar a sua equipa competitiva. Isto é, não podemos falar ao mesmo tempo de um desporto com equipas semi-profissionais e outras amadoras, é falseada a verdade desportiva e acaba-se com a valorização que o esforço das equipas amadoras acabam por ter.

Parece-me portanto, que com a instituição de regras mais organizadas e defensoras da igualdade irão permitir que os clubes criem estruturas para que as pessoas pratiquem desporto desde jovens e assim sendo se formem podendo depois entrar numa estrutura sénior amadora. Exemplo, disto é o projecto do Voleibol do S.C.Braga, ao qual dedico este pequeno texto, pela capacidade que teve para ao longo dos tempos construir uma equipa que passo por passo chegou ao topo do panorama nacional de Voleibol Feminino. Formadas maioritariamente no S.C.Braga estas jovens têm ombreado, na presente época, com equipas semi-profissionais, algumas delas constituídas exclusivamente por estrangeiras. É contudo, interessante observar o crescimento destas jovens pela primeira vez na primeira divisão nacional e que jogo após jogo mostram que nem sem os euros falam mais alto.

Parabéns ao S.C.Braga Voleibol e a todas as colectividades que fomentam o desporto amador. Pois é este desporto fundamental para que a população adquira hábitos de saúde e de prática que lhe permita manter padrões de bem-estar elevados.
publicado por Luís Caldas às 22:55

24 de Novembro de 2007
"A verdade é raramente pura e nunca simples."

Oscar Wilde
publicado por Luís Caldas às 13:17

23 de Novembro de 2007
Tendo em conta as eleições para a Ordem dos Enfermeiros irei fazer a minha análise às várias Candidaturas apresentadas de uma forma isenta e imparcial e sem querer influenciar votos.

Próxima Segunda-Feira - Secção Regional do Norte

Lista A - Liderada pelo Enf. Germano Couto
Lista D - Liderada pela Enf. Margarida Filipe
publicado por Luís Caldas às 16:10

Coloco aqui um texto que encontrei no Fórum Enfermagem colocado por um colega enfermeiro.

"Exmo. Senhor Ministro da Saúde Correia de Campos,

Sou uma pessoa que concluiu, este ano, a Licenciatura em Enfermagem e venho, com grande embaraço, pedir-lhe emprego.

Eu sei que é um pedido estranho mas foram pessoas que já estão a trabalhar na área que me aconselharam a fazê-lo. O que me têm vindo a dizer é que devo pedir uma “cunha”. No início desconhecia a palavra e então fui ver ao dicionário e encontrei isto: “instrumento de ferro ou madeira, para fender pedras, madeira, etc.”. Mesmo a achar estranho, fui à procura de uma mas não encontrei na minha cidade e não podia ir a outra pois os meus pais não me tinham dado dinheiro suficiente. Os meus pais, coitados, já me deram tanto dinheiro durante o curso (imagine a darem 970€/ano no mínimo, mais dinheiro alojamento, alimentação, livros, fotocópias e outras coisas) e agora para cartas, avisos de recepção, fotocópias, autenticações, etc. só para concorrer para listas de espera para trabalhar. Ai, peço desculpa pelo desabafo. Voltando à “cunha”. Como disse não encontrei nenhuma “cunha” e desisti.

Passados uns 3 meses de ter acabado o curso decidi ir trabalhar para outra coisa sem ser enfermeiro, para não pedir mais dinheiro aos meus pais. Fui, então, a um shopping na minha área de residência, ao Dolce Vita que de certeza que deve conhecer, e entrei numa loja de sapatos para crianças. Entreguei o meu curriculum vitae, onde não ocultei a minha Licenciatura em Enfermagem, a Dona da Loja disse logo “Um Enfermeiro a pedir emprego numa Sapataria, está assim tão mal?”. Após uns 3 minutos de conversa ela diz logo para começar no dia seguinte. No primeiro dia fiquei com ela em integração e em conversa ela perguntou porque não arranjava uma “cunha” para os hospitais mais pertos, ao que respondi que não encontrei nada mas que o pedreiro, meu vizinho, sabia de uma loja que vendia umas. Logo a Dona começou a rir-se e então perguntei porquê tal gargalhada. Prontamente me explico que “cunha” também significa pessoa que consegue pedir a que admite os Enfermeiros nos Hospitais ou outra entidade de saúde para os colocar à frente de outros ou simplesmente lhe dar emprego.

E então pensei: como não conheço ninguém assim por que não pedir ao Ministro da Saúde, o mais indicado para esta situação e que tem o mesmo apelido que eu, para que fosse a minha “cunha”? É esse o motivo pelo qual lhe mando este e-mail a pedir-lhe emprego. Posso dizer-lhe que não tenho experiência profissional, pois os estágios académicos não contam. No entanto, posso dizer-lhe que tenho imensa experiência em Pediatria por trabalhar neste momento numa loja de calçado para crianças, em Ortopedia por que vendo sapato formativo e ortopédico e em Infecciologia por que vendemos palminhas anti-bacterianas e anti-fúngicas.

E agora você deve estar a questionar-se o porquê de ainda não ter um emprego como Enfermeiro tendo eu esta experiência toda e se me candidatei aos concursos que abriram. Eu candidatei-me mas tenho ficado em 300º lugar ou em outros em 1000º lugar. E com poucas vagas (eu compreendo que você tem uma cota definida para meter “cunha”) é difícil ficar com um emprego. Eu penso que fico com esta classificação porque a maioria têm mais experiência em Sapataria, Bares, McDonald’s, entre outras coisas do que eu. O facto de concorrem muitos Enfermeiros penso que se deve ao facto de ainda pensarem que “cunha” significa “instrumento de ferro ou madeira, para fender pedras, madeira, etc.”.

Sem mais nenhum assunto termino este e-mail pois quero chegar cedo à passagem de turno da loja. E ainda tenho muitas coisas para fazer hoje, pois em um mês sou como um gerente da loja, disse a Dona da Loja que tinha excelente capacidades e que os serviços de saúde perdiam muitos em não me ter. O mesmo dizem os Clientes, a quem faço questão de dizer que sou Enfermeiro pois sei lá se qualquer diz não aparece na loja um parente seu e me ajude.

E deixo-o, então, com este meu pedido e rezo, agarrado à “cunha” de metal que comprei com o meu primeiro ordenado na loja, que me consiga algo urgentemente.

Cumprimentos,
Um Enfermeiro perto de si"
publicado por Luís Caldas às 15:39

Longe vai o tempo em que Bracara Augusta deixou de pertencer ao Império Romano, um Império decadente e que não se conseguiu segurar no tempo. Todavia, há por terras aqui do burgo quem ainda relembre a história.

«Hoje vou contar uma história. Então é assim: era uma vez um imperador e um construtor. O imperador governava há mais de 30 anos e dizia-se que o seu âmbito de influência já tinha ultrapassado as suas competências de governante, a ponto de, em surdina, recaírem sobre ele suspeitas…

Este imperador, como homem que gosta das coisas da sua terra, sempre se empenhou muito no circo da cidade e sempre procurou colocar na liderança do mesmo pessoas da sua confiança. Ao longo de muitos anos, apesar dos esforços do imperador para que o circo fosse bem sucedido, este passou por vários momentos de instabilidade directiva e financeira. Até que um dia, o imperador conseguiu recrutar para o seu circo um jovem construtor de sucesso.

Apesar de não ser grande adepto do circo da cidade (era conhecido por gostar de outro, numa localidade próxima) o construtor conseguiu, em poucos anos, resultados históricos a todos os níveis, tornando o circo uma referência além-fronteiras, quer na qualidade dos espectáculos, quer na gestão financeira.

Tudo correu bem até um dia. O construtor teve uma birra com o imperador: ou era fortemente apoiado pelo império para edificar uma academia de circo, ou então batia com a porta! O imperador, pouco habituado a ultimatos, não gostou. Inicialmente, deu a entender que não cedia a birras e caprichos. No entanto, o esforço de algumas semanas para encontrar um substituto para a liderança do circo foi infrutífero. O construtor tinha colocado o circo num patamar tal, que era difícil ser substituído sem comparações ou sem o risco de se voltar à instabilidade do passado. E o imperador não queria chatear-se muito com o tema.

Perante tal situação, o imperador cedeu e fez a vontade ao construtor e este continuou como líder do circo. Mas com uma contrapartida: o construtor teria que dar trabalho ao filho do imperador. Acordo selado, o filho do imperador começou a trabalhar no departamento comercial do circo. Qualquer semelhança com alguma realidade é pura coincidência. Ou não…»

Daniel Lourenço no Diário do Minho 21 Novembro 2007
publicado por Luís Caldas às 15:03

19 de Novembro de 2007
Estive mesmo tentado a não escrever este post, mas não resisti.

Então Sr. Jerónimo apoia as posições do senhor Hugo Chavez? Como é coerente que um partido que acusa o Governo Português de não dialogar, de não ouvir os outros, de ser um governo autista e autoritário baseado na sua maioria absoluta, apoiar um Senhor que usa de todo e mais alguma coisa para calar as vozes contestantes?

Se calhar o PCP deveria tentar fazer oposição na Venezuela! Possivelmente o sr. Chavez a eles, não os mandaria calar com a polícia, se calhar ia ouvi-los. Ou então, porque este senhor é o novo Ditador do Século XXI.
publicado por Luís Caldas às 21:12

18 de Novembro de 2007
Dedico esta pequena reflexão aos jovens que ainda lutam para que a resposta a esta pergunta não seja afirmativa.

Longe vai o 25 de Abril, que teve numa das suas bases de criação, o movimento estudantil que não se confromava com as políticas da Ditadura e que fez de tudo para conquistar a liberdade. As manifestações de 1961 ditaram muitos presos, porém, os estudantes marcaram uma posição bem clara. Não concordavam, não aceitavam, não podiam tolerar as políticas levadas a cabo pelo governo.

Os estudantes, principalmente os do Ensino Superior, primaram no pós-ditadura pela constituição de movimentos organizados que permitem debater, intervir e reivindicar. As Associações de Estudantes foram crescendo, ganharam peso e poder social. Eram ouvidas. Com isso, foram conquistando destaque no governo das instituições do Ensino Superior. Estando presentes em todos os órgãos de governo das Universidades e Politécnicos.

Contudo, os filhos da democracia foram crescendo, e a irreverência estudantil foi diminuindo. Verifica-se nos últimos anos, uma diminuição cada vez mais da participação estudantil. Exemplo disso é a Universidade do Minho. Longe vão os tempos onde havia três listas para a Associação Académica, num universo de 17000 estudantes, votam cerca de 3000. De eleições duras e renhidas, atingimos este ano o menos lógico. Em 17000 estudantes, apenas cerca de 40 se mostram dispostos a tomar as rédeas de uma das maiores Associações de Estudantes do País, sim porque ao que parece, apenas 3 listas se apresentaram a estas eleições, interessante ou não é número de órgãos a eleger (Direcção, Conselho Fiscal e Jurisdicional, Mesa da RGA).

O fundo parece estar a ser cavado, não pelas pessoas que estão nos órgãos de gestão das associações, mas pelos próprios estudantes. Cada vez, mais o extra-curricular é desvalorizado pelos estudantes. A pressão económica de atingir resultados, faz com que se perca a vontade associativa, a vontade de conhecer o que está para além do curso.

Que alternativas? Que caminho devem os estudantes tomar? O do conformismo? O de deixar andar e penar?

Aos jovens pede-se que sejam próprios da sua idade, isto é, irreverentes, interventivos e participativos. Não se lhes pede que apenas alimentem o seu espírito nocturno e sua folia académica.

Dos jovens espera-se que não se conformem com o que não concordam. Que intervenham, que lutem, que opinem. Não se espera que fiquem calados.

O País precisa de Associações fortes, que lutem, que disponham um pouco da sua vida pessoal para construir um país melhor, um país sem autocracia, em que quem não concorda, não se conforma, mas MANIFESTA-SE!

Estudantes lutem pelo que vale a pena lutar e nunca se conformem. Façam o vosso próprio 25 de Abril. Portugal agradecerá...
publicado por Luís Caldas às 16:03

17 de Novembro de 2007
"Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos."

Antoine de Saint-Exupéry
publicado por Luís Caldas às 18:01

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